segunda-feira, 10 de maio de 2010

cuidados com seu gatinho nas diferentes fases de vida

Os gatos - assim como nós e os cães – precisam de cuidados especiais em cada fase de vida: recém-nascidos, filhotes, adultos e na fase senil. Tendo em vista que os felinos têm uma vida bem mais curta que a nossa (em média vivem 20 anos ou nem chegam a isso), proporcionalmente tudo é mais acelerado, ou seja, um animal de um ano de idade já é um adulto completo e desenvolvido, com capacidade reprodutiva inclusive.

Até os 45 dias de vida (um mês e meio), os recém-nascidos precisam de cuidados essencialmente maternos – como amamentação – além da higiene da mãe, que é bem peculiar, com banhos de língua, principalmente na hora do aleitamento (alguns gatos adultos desenvolvem o hábito de “afofar” e até “mamar” em cobertores e tecidos devido à essa sensação de segurança e proteção que a mãe dá). Nas primeiras semanas é a lambedura da mãe que estimula a micção e evacuação, fazendo com que os órgãos responsáveis pelas excreções funcionem com seu estímulo mecânico. Os ouvidos e olhos ficam fechados até a segunda semana para proteção de agressões externas, como claridade e barulhos exacerbados. Na ausência da mãe, podemos fazer essa “substituição” com massagens manuais e mamadeiras apropriadas, feitas com preparados já disponíveis no mercado para recém-nascidos.

Entre essa fase e até um ano de vida, os filhotes são mais vulneráveis, estão na fase de aprendizado (normalmente extintivo, mas também por observação dos mais velhos), são muito curiosos e têm necessidades nutricionais específicas para acompanhar seu crescimento que exigem ração própria para filhotes. Uma ração de boa qualidade não necessita de suplementação com cálcio e vitaminas. Se os filhotes saem de casa, pedem atenção redobrada, uma vez que ainda não têm a capacidade de se defender desenvolvida e podem ser atacados por outros animais. Filhotes precisam de vacinas dos dois aos quatro meses de idade e um acompanhamento veterinário mais intenso, com vermifugações e exames parasitológicos de fezes a partir dos 30 dias. Testes para doenças contagiosas também são importantes, principalmente se os filhotes forem misturados à outros adultos já existentes no ambiente.

Na fase adulta, um gato necessita de ração balanceada conforme seu estado: castrados comem ração com restrição de gorduras para não ganharem peso (ainda mais os de apartamento, com pouca atividade física), os já obesos ou com essa tendência comem ração light e os não castrados, de vida livre, ração para adultos a partir de um ano. Ainda no quesito alimentação, variar o cardápio sem exageros é importante: oferecer uma ou duas vezes por semana carne moída crua, atum, peito de peru, por exemplo, ou mesmo as rações úmidas (enlatadas ou em pacotinhos) é interessante para aguçar o paladar felino, que é muito restrito. Animais com problemas crônicos também comem rações específicas, as ditas terapêuticas.

Mas... a partir de que idade considera-se um gato velho??? Pois é... eis a questão. Alguns autores consideram senilidade a partir dos 11, 12 ou 13 anos, porém isso é muito relativo. Podemos considerar a idade avançada a partir do momento em que um animal de idade mais madura, ou seja, que já passou pela metade de seus anos de vida, começa a ter problemas crônicos, como doenças degenerativas, progressivas e irreversíveis – dores articulares (artroses), diabetes, insuficiências renais e cardíacas, por exemplo. Associando isso à idade, temos um gato velho. E na terceira idade (para alguns melhor idade!!), check-ups constantes são muito importantes nos gatos, pois eles não nos dão sinais de algumas doenças progressivas que só serão conhecidas por meio dos exames. Uma ração apropriada para essa fase de vida – com baixa caloria, restrição de sódio, tamanho menor para ajudar na mastigação devido à dentição mais desgastada, por exemplo – é importante. Gatos velhos dormem ainda mais do que o normal, gostam de lugares sossegados e que não demandem esforço para subir; atenção à esses detalhes em casa ajuda na rotina do gato, que vai mudando pouco a pouco com o passar dos anos. O mesmo funciona para as caixas de areia, que precisam estar sempre limpas – nem sempre os gatos idosos cobrem seus excrementos, mas nem por isso precisam usar a areia suja. Banhos de língua são menos frequentes, por isso temos que prestar mais atenção na pelagem, escovando periodicamente para retirada de pelo morto. Unhas devem ser cortadas (no caso dos gatos confinados) para não “engancharem” em tapetes ou arranhadores, já que a troca fisiológica de unhas também fica defasada. Devemos observar também o metabolismo intestinal (por isso que a ração adequada é importante), pois devido ao peristaltismo mais lerdo, muitas vezes gatos velhos ficam obstruídos, não conseguindo expelir adequadamente o bolo fecal retido.

De qualquer forma, em qualquer fase de vida dos nossos bichanos, não podemos deixar de fazer uma consulta com o médico veterinário pelo menos uma vez por ano. Acompanhar seu crescimento, sua fase adulta e posteriormente sua velhice é obrigação de qualquer dono responsável. Afinal de contas, o bichinho não pediu para ser comprado ou adotado. A responsabilidade é toda nossa!!

As informações e sugestões de saúde e bem-estar para o seu bichinho contidas neste blog têm caráter meramente informativo e não substituem o aconselhamento e o acompanhamento do Médico Veterinário de sua confiança. Somente este profissional é capacitado para diagnosticar e medicar seu bichinho de estimação.

Um comentário:

maria josé disse...

oi Dra.Andréa olha estou muito feliz em ti encontra pois sou uma pessoa louca por Gatos Eu amo eles de caração,a minha vida e pega gatos novinhos jogados na rua e com uns tempo vou dando quando ficam grandinhos,